quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Formatura do Brasil Alfabetizado emociona pelos relatos dos alunos


A emoção tomou conta das centenas de pessoas que  participaram na noite desta quinta-feira, 27/11, da formatura dos alunos do Programa Brasil Alfabetizado, no auditório da UNIG. Tudo por conta do depoimento de Marli da Costa, que relatou sua alegria em poder assinar o próprio nome e não mais utilizar o dedo polegar, como fez durante mais de 40 anos. “Estou muito emocionada.  Antes de aceitar o convite da
professora para estudar eu tinha que colocar o dedo em tudo. Não sabia ler. Hoje consigo assinar meu nome e consigo me expressar”, contou a alfabetizanda.

O Brasil Alfabetizado acontece em parceria com as Prefeituras. Para a Secretária Municipal de Educação, Maria Aparecida Marcondes |Rosestolato, que começou sua carreira no magistério como professora do antigo MOBRAL, a leitura liberta. “O conhecimento é a única coisa que ninguém pode tirar de vocês. A educação e a saúde são as meninas dos olhos do prefeito Nelson Bornier, que já inaugurou cinco novas escolas desde que assumiu”, revelou Aparecida, que disse se sentir honrada e orgulhosa por ver que um grupo grande número de pessoas venceu as dificuldades e saiu do analfabetismo.

Do total dos 1.730 alunos que se inscreveram nas 123 turmas, 900 estão alfabetizados e serão encaminhados às escolas que oferecem a modalidade de Ensino de Jovens e Adultos (EJA).  A equipe da Subsecretaria de Projetos Especiais, que cuida da gestão do BA orienta os coordenadores e alfabetizadores a estimularem os alunos a continuar os estudos. “A vida passou a ter outro sentido pra vocês. Reconhecer o ônibus pelo nome e não só pelo número é uma vitória”, disse a Subsecretária de Projetos Especiais, Niara Margarida Mata.
O diretor de cultura, Marcelo Borghi também participou da solenidade e fez questão de ajudar na certificação dos alunos.  

Alegria

O aposentado José Martins, 69 anos, foi um dos que recebeu o certificado. Ele contou que sempre teve vontade de aprender a ler, mas não tinha tempo para estudar. José frequentava a sala de no bairro de Miguel Couto, onde mora. “Estou muito feliz por ter vencido esta dificuldade. Agora já sei escrever meu nome e isto é uma grande alegria”, contou emocionado.

Com 16 netos e quatro bisnetos, a dona de casa Maria dos Anjos da Silva, 67 anos, agarrou a nova oportunidade para deixar para trás o analfabetismo. “Quando criança não tive condições de estudar. Trabalhava na roça e tinha que ajudar em casa. Não estudei, mas todos os meus filhos frequentaram a escola”, relatou.    


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